sábado, 30 de janeiro de 2010

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Origem do Kung-Fu‏


Origem

O Kung Fu é um sistema de luta desenvolvida na China no Templo Shao-Lin. A expressão Kung Fu (= Kung + Fu), pode ser traduzida de várias maneiras, como por exemplo: "Tempo de habilidade" e Trabalho árduo .

Como o termo Kung Fu é muito amplo atualmente foi adotado dois termos distintos para especificar melhor as suas variações e são elas:

- Kuo Shu : Significa o estudo e a prática das Artes Marciais Chinesas destacando-se o Kung Fu tradicional (Antigo).-Wu Shu : Expressão que incorpora amplamente todas as artes marciais, militares e esportivas em todo mundo (Moderno).

Não há um registro certo que indica quando o Kung Fu foi desenvolvido, mas estima-se que seu desenvolvimento ocorreu há cinco mil anos. Alguns documentos, como o Livro dos Ritos , o


qual fora redigido durante a dinastia Chou entre os anos de 1066 A.C e 403 A.C, já mencionava a existência das artes marciais. Inicialmente havia apenas exercícios respiratórios, mentais e de cultura física, os quais foram desenvolvidos e praticados por monges Taoístas.

Com o passar do tempo perceberam que os monges estavam em condições de emagrecimento, fracos e incapazes de se manterem acordados durante a meditação. O monge indiano recodificou o Kung Fu, introduzindo também os 18 exercícios conhecidos como "as 18 mãos de Lo-Han", para condicionar seus corpos e suas mentes. Posteriormente, no século XVI, Um jovem muito rico que entrou no templo Shao-Lin, chamado Kwok Yuen, ampliou os 18 exercícios de Ta-Mo para 72.

Com o contato com dois mestres de combate, Pak Yook Fong e um ancião conhecido como Li, ampliou os 72 movimentos originais para 170.

Em seguida, um estudo profundo foi feito pelos monges com grande capacidade de percepção, observando as lutas dos animais e introduzindo suas formas aos movimentos conhecidos, classificando-os em cinco distintos estilos: o Tigre, a Garça, o Leopardo, a Serpente e o Dragão, conhecidos como as cinco formas do Kung Fu, sendo que posteriormente foram criados vários outros estilos como o Macaco, o Louva-a-Deus, a Águia entre outros que hoje em dia calculam-se centenas de estilos difundidos por toda China após a destruição do Templo Shao-Lin.

O Kung fu foi trazido para o Brasil no final da década de 60 por imigrantes chineses e vem se desenvolvendo a cada ano que passa, podendo ser treinado por todos, homens, mulheres, crianças e até idosos. Com a prática freqüente do Kung Fu o praticante pode logo perceber a melhora em seu estado físico, mental e espiritual.

Benefícios com a prática do Kung Fu‏


Benefícios com a prática do Kung Fu .

Os benefícios resultantes da prática do Kung Fu são voltados ao crescimento pessoal e mental do praticante. Em suma, pode-se dizer que o Kung Fu é ótimo para o bem do corpo e equilíbrio da mente, já que em paralelo às práticas das técnicas, o aluno é incentivado a conhecer a cultura filosófica que suporta esta arte marcial milenar e percussora das demais.


Alguns dos benefícios propiciados pela sua prática são:

Melhora a atenção e senso de percepção;
Auxilia a ampliar o senso de espaço e direção;
Aprimora os reflexos;
Melhora o equilíbrio;
Auxilia no fortalecimento do corpo;
Auxilia na coordenação motora;
Permite a interação com outros praticantes incentivando a inclusão social;
Proporciona o auto-conhecimento;
Prepara o praticante para a transposição de dificuldades;
Permite o praticante perceber que nada é impossível;
Estimula a autoconfiança;
Auxilia no melhoramento do equilíbrio emocional;
Incentiva a paz e harmonia; e
Não incentiva a violência.

Louva-a-deus Sete Estrelas


Introdução:

O Louva-a-Deus Sete Estrelas é um estilo de Kung Fu. Este estilo é bastante praticado na região da província de Shandong na China. O estilo "Sete Estrelas" é conhecido como o mais complexo dos estilos Louva-a-Deus de Kung Fu.

História:

O Louva-a-Deus foi criado por Wang Lang no Templo Shaolin. Conta a história que Wang Lang era mestre e conhecedor profundo do Kung Fu quando foi para o templo aprimorar seus conhecimentos. Lá ele sempre duelava amigavelmente com o Abade Feng e sempre perdia. Um dia o Abade disse a Lang que ia sair pela China em uma viagem que duraria três anos em busca de conhecimento e quando voltasse gostaria de ver Lang mais forte. Nesse meio tempo Lang estava cansado e foi se refugiar em um bosque, lá ele viu um frágil louva-deus abatendo uma cigarra de tamanho superior e gostou da forma com que o inseto se movimentava levando-o para o templo para estuda-lo e desenvolveu técnicas baseando-se nele. Quando Feng retornou e eles lutaram ele perdeu e ficou surpreso com a qualidade do Kung Fu de Wang Lang e desde então os dois passaram a desenvolver e aprimorar o estilo e então passaram adiante o conhecimento desenvolvido.
Quando os quatro discípulos de Wang Lang - criador original do estilo Louva-Deus - decidiram se dividir e realizar as próprias alterações no estilo, Wang Lang permitiu, mas com uma condição: eles deveriam nomear seus estilos com referência às marcas nas costas dos Louva-Deuses capturados.
Uma das marcas era semelhante à aparência do símbolo Yin Yang (Tai T'si), outro tinha a aparência de uma flor de ameixa (Mei Hua), no outro houve um conjunto de marcas que tinham semelhança a uma figura de sete estrelas (Tsi T'sing) e houve um Louva-Deus que não tinha marca aparente, este estilo ficou conhecido como o estilo despido (estilo sem marca - Kwong P'an)
Dessa forma surgiram quatro estilos, a partir do estilo original de Wang Lang.

Informações:


O sistema engloba um conjunto de técnicas de artes marciais chinesas, sistematizadas por Wang Lang (Wong Long em cantonês), no século XVII, em Shantung, China, por meio da contribuição de outros 17 docentes de variados sistemas. Neste sentido, pode-se compreender o Louva-a-Deus Sete Estrelas como o resultado do que havia de mais consistente no que se refere a luta daquele época e, exatamente por esta razão não se pode definir tal sistema com uma única característica, mas, exatamente, aglutina estratégias e técnicas diversas, com destaque para movimentos rígidos e flexíveis. Sua composição dispõe de formas de mãos livres, formas com armas, uma grande variedade de técnicas de luta de mãos livres e com armas, além do Qi Gong (Energia Interna). O sistema Louva-a-Deus do Norte é o único que dispõe no seu currículo das aplicações de cada movimento das rotinas (Taolu/Kuen Tou), do início ao fim, o que se nomeia: Ling. Em outros termos, todos os movimentos das formas explicitam a luta contínua do início ao fim, o que faz dele um dos mais procurados da atualidade, em todo o mundo.

Kwan Kun (Guan Gong)‏


Divindade protetora das academias de artes marciais (enfoque específico), dos negócios e de tudo o que envolva integridade, justiça e coragem. Se enquadra na categoria dos personagens históricos que, por seus atos e pelo reflexo destes sobre o imaginário popular, acabaram transformados em divindades. É um dos personagens mais queridos do folclore chinês, o que faz com que seja um dos mitos mais ricos em histórias, lendas e até escritos e peças teatrais. Kwan Kun (Kwan Yun Zhan) é um dos mais conhecidos heróis do chamado Período dos Três Reinos (220 a 280 d.C.), fase da História da China que se passou logo após o fim da Dinastia Han.

A história de Kwan Kun (Guan Gong) remonta há 1700 anos (alguns dizem 2000 anos). Apesar de haver um único rei, o território chinês era dividido em feudos governados por generalíssimos que mantinham o poder e o controle de seu território. Nesse período, onde grande parte do território chinês ainda não era habitado, três "ministros'' dividiam a parte civilizada: Liu Pei, Tchou Tchou e Sin Kin.
Sin Kin governava uma parte pequena no território, enquanto Tchou Tchou tinha a parte maior. Mas era Liu Pei que contava com a ajuda e a amizade do guerreiro Kwan Kun. Na verdade, Kwan Kun era o "irmão de sangue'' de Liu Pei, que mais tarde viria a se tornar um dos reis.
Para os chineses, ser "irmão de sangue'' significa dar importância e valor como se fosse irmão verdadeiro a um amigo. Após uma cerimônia onde o sangue é misturado e os dois se tornam irmãos - a partir daí, respeito e lealdade passam a ser ponto de honra. O ditado chinês define bem a extensão dessa amizade: "Pode não ser o mesmo dia que nasce, mas é o mesmo dia que se morre''. E assim era Kwan Kun, irmão de sangue de Liu Pei, juntamente com Chang Fei.

Era a época de batalhas entre os governantes e Liu Pei, apesar de contar com a ajuda do grande guerreiro Kwan Kun, tinha o exército de Tchou Tchou como oponente. Após uma batalha, Liu Pei viu-se obrigado a deixar seu território, refugindo-se nas montanhas.
Com o afastamento de Liu Pei, Kwan Kun ficou com a responsabilidade de proteger a família de seu irmão, assim como o seu exército. A situação era insustentável e Tchou Tchou queria de toda maneira trazer Kwan Kun para lutar em seu exército. Para isso mandou seu general, que era amigo e respeitava muito o lendário guerreiro, para convencê-lo. Kwan Kun relutou muito, a fidelidade a seu irmão de sangue era indiscutível, mas a responsabilidade para com a família dele, a diferença de poderio militar, a falta de notícias de Liu Pei, fizeram com que Kwan Kun decidisse ganhar tempo até descobrir onde seu irmão se refugiava e, enquanto isso, manter a vida de seus familiares.

No entanto, Tchou Tchou não conseguia ganhar a confiança e nem o respeito do herói. Tentou suborná-lo com festas grandiosas, com o oferecimento de mulheres maravilhosas, roupas lindíssimas e muito, muito ouro. Tudo que Kwan Kun recebia, dava para a família de seu irmão guardar para quando ele retornasse.
Um dia, Tchou Tchou conseguiu dar um presente que despertou a alegria de Kwan Kun - um cavalo garboso, que havia pertencido a um general. Era um animal valioso, numa época que a montaria era a única forma de transporte. O que Kwan Kun pretendia, na realidade, era ter o animal para poder procurar seu irmão. Tchou Tchou ficou frustrado. Após muitos acontecimentos, Liu Pei chegou ao poder. Nesta época a China já estava dividida em 3 reinos (San Co). O período que Liu Pei ficou afastado de tudo serviu para que ele conhecesse o sofrimento de seu povo, já que passou pelas mesmas provações.
Diz-se que certa vez Kwan Kun soube que um malfeitor (filho de um governador local), tinha raptado a filha de um homem bom e honesto. Ela então pertenceria para sempre como propriedade do malfeitor. Mas então Kwan Kun veio, matou o malfeitor, salvou a moça e devolveu-a a seu papel. Sabendo que o governador tentaria se vingar, Kwan Kun refugiou-se em um Templo. As tropas do governador finalmente o encontraram e tentaram matá-lo ateando fogo ao Templo. Kwan Kun permaneceu no Templo enquanto as chamas subiam pelos alicerces consumindo tudo. Subitamente ele passou através das chamas, atacou as tropas de surpresa, dispersando-as com poucos problemas. Depois de buscar conforto próximo a um riacho ele percebeu, no reflexo d'água, que as chamas haviam deixado seu rosto vermelho e brilhante. Com este disfarce ele conseguiu escapar das tropas que continuavam a perseguí-lo.

Outra lenda narra seu encontro com Chang Fei e Liu Pei, do reino de Shu, com quem formaria uma das mais importantes trincas de heróis-divinizados da antiga China. A caminho da conscrição (convocação para o serviço militar), Kwan Kun teria encontrado Chang Fei, um açougueiro que desafiava qualquer pessoa a erguer do chão uma pedra de 180 kg, sob a qual estava um grande pedaço de carne. Até então, ninguém havia vencido. Aceitando o desafio, Kwan Kun ergueu a pedra e se apoderou da carne, provocando a ira de Chang Fei. Os dois começaram uma briga violentíssima, que só foi encerrada com a intervenção de Liu Pei. Mais tranqüilos, perceberam que tinham muitas coisas em comum e se tornaram amigos. Em um campo de pessegueiros, os três fizeram um juramento de amizade pelo qual se obrigavam a viver e a morrer juntos.

Outra lenda ainda conta que vários exércitos haviam se reunido para destruir as tropas de um general rebelde. Percebendo a futilidade em mandar suas tropas contra o inimigo em número bem maior, o general rebelde escolheu seu melhor lutador e desafiou cada comandante para um duelo homem a homem até a morte. Devido a reputação do lutador rebelde nenhum dos comandantes aceitou o desafio. Um dos comandantes foi então até Kwan Kun e lhe ofereceu uma taça de vinho morno - um convite para que representasse os exércitos. Kwan Kun, sem pensar em dizer não, levantou-se da mesa de jantar, lutou contra o campeão rebelde e voltou antes que o seu vinho e sua comida esfriassem.
Certa vez foi acertado por uma flecha envenenada. Apesar de faltar anestesia, os médicos decidiram operá-lo. Quando a cirurgia começou, ele ao mesmo tempo deu início a uma partida de xadrez. Enquanto a cirurgia prosseguia, Kwan Kun se concentrava mais no jogo. Assim que a cirurgia terminou, Kwan Kun venceu a partida e foi embora.

Como soldado, era conhecido pelo nome de Kwan Yu ou Kuan Yu, e, antes de ser elevado a categoria de divindade, era considerado um herói militar, que exibia poder e coragem, era imbatível nas batalhas, leal, bom, generoso e admirado por seus companheiros. Infelizmente, o destino reservou-lhe um desastroso fim. No momento em que as forças de Kwan Kun estavam em batalha com o exército de Wei, batalhões do reinado de Wu iniciaram um ataque surpresa que esmagou o exército de Shu Han. Algumas versões dizem que Kwan Kun foi traído por um de seus soldados, que informou ao inimigo a localização de sua tropa. Contava ele com 52 anos de idade.
A tumba contendo seu corpo estaria localizada em Tangyang e sua cabeça teria sido sepultada em Loyang (Henan), uma localidade situada ao lado do mosteiro de Shaolin. Relatos antigos contam que após a sua morte, Kwan Kun apareceu muitas vezes a seus soldados, o que levou-os a crer que ele seja o santo protetor dos guerreiros.
A figura de Kwan Kun também é colocada nas delegacias chinesas, para que os policiais não se esqueçam que a honestidade deve vir em primeiro lugar.


Características

As lendas mostram a transformação do homem comum em divindade: segundo o folclore, Kwan Kun teria 2,70 metros de altura e uma barba de 60 cm; a face seria vermelha "como uma jujuba", seus olhos semelhantes aos de uma fênix e suas sobrancelhas, semelhantes a minhocas. Nos templos, muitas vezes é representado junto com seu cavalo "Lebre Vermelha" ou, então, cercado por seus auxiliares, o filho adotivo Kwan Ping (branco) que carrega em sua mão um presente que é símbolo da unificação que seu pai ajudou a construir e o escudeiro Chou Tsang (negro) que empunha a mortífera arma Kwan Tao.
Uma das lendas relacionadas ao Kwan Kun afirma que ele teria sido fecundado por uma divindade solar e que sua mãe, ao invés de ter um parto normal, teria botado um ovo (vermelho como sangue). O marido, com medo do que pudesse sair do ovo e furioso com o filho que, ele desconfiava, não era seu, tentou destruí-lo quebrando a casca antes que eclodisse. O menino lá dentro estava quase que totalmente formado, a não ser pela face (ainda vermelha). Mesmo tendo vindo ao mundo antes do tempo, o garoto sobreviveu e cresceu, vindo a se tornar um herói. Não perdeu, porém, o rosto vermelho, fruto da ira de seu pai. No entanto, a cor vermelha na cultura chinesa representa coragem e justiça, podendo isto, explicar a cor vermelha pintada em todos os quadros dele.
Existem muitas lendas que contam as cenas de bravura da vida de Kwan Kun, estas são apenas algumas delas. São conhecidas muitas versões sobre seu nascimento, vida e morte. Mas o que importa é que ele é visto em todas as histórias como um representante de tudo aquilo que a cultura chinesa considera de bom e certo no domínio das artes marciais. Kwan Kun era orgulhoso de mente e corpo, corajoso em combate, generoso, honesto, justo e leal. Essas boas qualidades é que são exaltadas quando se faz uma reverência à figura legendária de Kwan Kun. Um exemplo a ser seguido dentro e fora dos locais de treinamento.
É muito comum, em diversas academias e salas de treino de kung fu, existir um pequeno altar suspenso com uma imagem do Kwan Kun. Ao entrar no salão de treinos o praticante de kung fu se dirige primeiramente até esta imagem e presta uma simples reverência, saudando-o com o cumprimento formal do kung fu (punho direito fechado coberto pela palma da mão esquerda, suspensos na frente do corpo).
Ao início dos treinos é costume que todos os presentes acendam incensos e cumprimentem, em conjunto, o Kwan Kun. A intenção destas reverências ao Kwan Kun é a de que todos se "concentrem" para o início dos treinamentos, focando sua atenção em três aspectos que devem estar presentes durante todo o treino: interesse (em si mesmo e no outro), sintonia (consigo mesmo e com o outro) e confiança (em si mesmo e no outro).

Para que seu espírito seja invocado, os chineses costumavam acender uma vela vermelha ou uma pequena lâmpada da mesma cor, o que significa que o mesmo esta presente.

Na China é muito comum que certos homens e mulheres virtuosos ou heróicos sejam glorificados pela posteridade. De maneira muito similar ao modo como os santos são canonizados em diferentes religiões, estas personagens chinesas "maiores que a vida", ganham status de divindades. Uma dessas personagens é o Kwan Kun (Guan Gong), que foi aceito como patrono das artes marciais chinesas. Kwan Kun era capaz de contar de memória uma antiga história clássica chinesa e por esta razão se tornou também o padroeiro dos estudantes. Os sifus literatos sentiam orgulho dele, sendo que sua importância foi levada até à arte chinesa do teatro, onde existe uma ópera que é dedicada a este nobre homem e seus grandiosos feitos.
As lendas populares concedem-lhe grandes poderes, e já no século VII, taoistas e budistas reverenciavam à Kwan Kun. Os budistas fizeram dele guardião do Templo, enquanto os taoistas estavam convencidos de seus poderes contra demônios malignos. Templos foram construídos em sua honra e, pouco tempo depois, todo o lugarejo tinha um Templo dedicado à Kwan Kun. Peças teatrais sobre ele eram muito populares, e todos os atores que executavam o seu papel tinham o rosto pintado de vermelho de acordo com as lendas. Mesmo quando jovem Kwan Kun estava sempre pronto a auxiliar os necessitados e oprimidos.

Dança do leão


Dança do leão é uma forma de dança tradicional na cultura chinesa, na qual os participantes imitam os movimentos de um leão usando uma fantasia do animal.
O traje de leão pode ser manejado por um único dançarino, que salta e movimenta energicamente a cabeça, as mandíbulas e olhos da fantasia, ou por um par de dançarinos, que constituem as pernas dianteiras e traseiras do animal. O uso do par de dançarinos é visto em exibições de acróbatas chineses, com os dois dançarinos agindo em conjunto para movimentar o animal entre plataformas de várias alturas. A dança é tradicionalmente acompanhada por gongos, tambores e fogos-de-artifício, representando uma chuva de boa sorte.

História:

O leão é tradicionalmente considerado como uma criatura guardiã em muitas culturas asiáticas. Ele é representado na tradição budista como a montaria de Manjusri. A dança do leão é realizada em muitas culturas asiáticas, incluindo China, Japão, Vietnã, Coréia, Taiwan e Tailândia, entre outros, cada país possuindo seu estilo e propósitos próprios.
A dança do leão é especialmente popular na cultura chinesa, com uma história que remonta a mais de mil anos. Existem vários estilos de dança do leão, mas a mais popular são a nortista e a sulista. A dança nortista se originou nas regiões setentrionais da China, onde era usada para o entretenimento da corte imperial. O leão nortista é geralmente de cor vermelha, laranja e amarela (às vezes com pelagem verde para a leoa), é de aparência desgrenhada e têm uma cabeça dourada. A dança nortista é muito acrobática e é realizada principalmente como entretenimento.
A dança do leão sulista é de natureza mais simbólica. Ela é realizada geralmente como uma cerimônia para exorcizar espíritos maléficos e para invocar sorte e felicidade. O leão sulista exibe uma vasta variedade de cores e tem uma cabeça peculiar com grandes olhos, um espelho na testa e um chifre único no centro da cabeça.

Estilos diferentes:

Os dois tipos mais populares de dança do leão na cultura chinesa, são a do leão nortista e do leão sulista.

Nortista

No norte, os leões geralmente aparecem em pares. Leões nortistas geralmente têm pêlo longo e desgrenhado de cor laranja e amarela, com um arco vermelho ou verde na cabeça para indicar se se trata de um macho ou uma fêmea.
Durante uma apresentação, os leões nortistas se parecem com um cão pequinês ou Cão Fu, e seus movimentos são muito realistas. Acrobacias são muito comuns, com proezas como se equilibrar ou se balançar sobre uma bola gigante. Leões nortistas às vezes aparecem como uma família, com dois grandes leões "adultos" e um par de "leãozinhos". Ninghai, em Ningbo, é chamado de "Lar da Dança do Leão" (狮舞之乡) para a variedade nortista.

Sulista

Guangdong é o lar da variedade sulista. Acredita-se que os leões chifrudos sulistas sejam Nians.
O estilo sulista pode ser subdividido em Fut San (Montanha do Buda), Hok San (Montanha do Grou), Fut-Hok (estilo menor que é quase um híbrido de Fut San e Hock San), Chow Gar (estilo menor praticado pelos participantes do estilo de Kung Fu da família Chow) e o Qing Shi (Leão Verde - popular entre os Fujianos/Hokkianos e Taiwaneses).
Fut San é o estilo que muitas escolas de Kung Fu adoptam. Ele requer movimentos poderosos e resistência quando em espera. O leão se torna a representação da escola de Kung Fu e somente os estudantes mais avançados podem realizá-lo.
O estilo Hok San é mais comumente conhecido como um estilo contemporâneo. O estilo contemporâneo Hok San combina uma cabeça de leão sulista com os movimentos do leão nortista. O estilo Hok San tenta reproduzir um aspecto e movimentos mais realistas, bem como performances acrobáticas. Sua cauda curta é também favorita entre as trupes que fazem o salto da baliza (jong) [1].
Quando o leão que dança entra numa vila ou jurisdição, imagina-se que ele preste seus respeitos ao templo budista local, em seguida aos ancestrais e finalmente atravesse as ruas para trazer felicidade ao povo. Existem três tipos de leão: o leão dourado, representando vigor; o leão vermelho, representando coragem; e o leão verde, representando amizade.

Outros tipos de leão:

Três outros tipos famosos de leão são identificados como: Liu Bei, Guan Gong (Kuan Kung) e Zhang Fei. Eles representam personagens históricos na China, registrados no clássico Romance dos Três Reinos:

* O leão Liu Bei tem uma cara amarela, cauda multicolorida e pelagem branca. Ele é descrito como um sábio, usado pelos mestres das escolas de Kung Fu.

* O leão Guan Gong tem uma cara e cauda vermelhas, e pelagem negra. Ele é descrito como o mais nobre dos leões, usado mais comumente em cerimônias.

* O leão Zhang Fei tem cara, cauda e pelagem negras. Ele é descrito como o leão mais agressivo, usado por jovens mestres que desejam provar o próprio valor.